sábado, 28 de março de 2009


Porque eu choro riso,
E sorrio cor.

So much for my happy ending.

Senta aí, presta atenção, agora vou lhe contar uma história. Uma história daquelas em que o final não é feliz. Não quer escutar? Não? E se o final fosse feliz para sempre, repleto de árvores floridas cobrindo os corpos de dois amantes? Mas eu não sei contar histórias alheias do que aconteceu comigo.
Como é? É melhor eu ficar quieta? Sim, eu sei. O mundo está coberto de infelicidades. Os contos com finais felizes são válvulas de escape. Mas, esperas um pouco... Queria tanto contar uma história! Ela é bonita, vai por mim! Certamente uma lágrima emocionada cairá em seu rosto. Não? Não queres chorar? Mas chorar não é somente ruim. Às vezes uma lágrima liberta uma estrondosa emoção aprisionada. Outras vezes faz com que o universo inteiro consiga uma nova alma colorida. Mas eu entendi, tu não queres chorar. Tudo bem, então não chores. Vou tentar ser mais agradável em minhas emoções. Não colocarei na história aquele revestimento de sangue, rancor e dor para não te provocar as lágrimas. Como? Mas então a história não ficaria sem graça? Provavelmente! Tu queres o final dos contos de fadas, cavalos brancos e princesas! Meu bem, eu não sei fugir da realidade dessa maneira. As fadas e seus contos nunca existiram. Não me chames de insensível. Tu não sabes o quão sensível eu sou, só não sei mentir. Não mais. Tu achas que não acredito na felicidade? Sim, vou te dizer uma coisa: se acreditasse na felicidade, teria que duvidar de minha própria vida. E estou viva. Não consegues me ver?